Queixadas Parade

Queixadas Parade

“Queixadas Parade” consiste em uma intervenção artística com sete esculturas de porcos queixadas customizadas por artistas locais, simbolizando marcos históricos do bairro.

A ideia do “Queixadas Parade” surgiu a partir do grande sucesso do “Cow parade”, esculturas de vacas em fibra de vidro decoradas por artistas e distribuídas pelas cidades, e ficou reconhecido como a maior exposição pública do planeta, percorrendo diversas cidades mundo afora. Depois das vacas, surgiram diversos outros segmentos e no Brasil, a mais popular foi a personagem da Mônica, do Maurício de Souza. As esculturas serão expostas em praças, escolas, feiras de rua, estação de trem, entre outros.

As esculturas terão como inspiração temas ligados aos movimentos de luta do território. Elas fazem uma homenagem ao lema dos Queixadas, aos que ainda resistem na FIRMEZA PERMANENTE.

Os temas abordados serão:

  • Povos Indígenas
  • Movimento Queixada
  • Movimento Negro
  • Movimento MST
  • Movimento Cultural da Periferia
  • Movimento de Moradia
  • Vala Comum

Idealização: Dede Ferreira
Curadoria: Marina Lima
Produção: Raul Costa

As esculturas

Conheça um pouco mais sobre o movimento que inspirou cada um dos artistas em suas artes!


Povos Indígenas

Este movimento estabelece ações e estratégias para reivindicar direitos e reconhecimento historicamente aos povos originários.

Este movimento tem por premissa o protagonismo dos povos indígenas na definição de prioridades, na articulação do discurso e nas formas de ação a partir de suas próprias experiências, necessidades e visões de mundo, em meio a uma luta constante contra poderosas forças contrárias às lutas pela qualidade de vida e da Terra.

As principais reivindicações são relativas à posse da terra, uma vez que já foi reconhecido legalmente o seu direito a elas a partir de sua condição de primeiros ocupantes, e porque a terra para eles é sagrada e elemento essencial para a preservação de seu modo de vida, sua cultura e suas tradições.

DINAS MIGUEL

BIOGRAFIA: Dinas Miguel, é Graduado em Artes-Visuais e Pós-graduado em Educação Ambiental. É idealizador e organizador do projeto social “Cultura e Conceito”. Ganhador do Prêmio Sabotage de Hip-Hop categoria melhor grafiteiro de 2018. Realiza work shop de graffiti coletivo e Pinturas ao vivo em eventos, além da sua grande experiência como Arte-Educador realizando projetos em instituições educacionais e empresariais. Seus trabalhos podem ser apreciados em diferentes cidades e países mundo afora, com sua poética artística arraigada na cultura Brasileira, vem se plasmando e interagindo na construção artística e pessoal da sociedade pois sua arte representa toda a história do seu povo e sua ancestralidade, tem como missão “Conectar e transformar as pessoas e os lugares por meio de suas Artes e Projetos.

Movimento Queixada

A história dos Queixadas está ligada à história da Indústria do Cimento Portland no Brasil. Conhecida como Perus, foi a primeira indústria do gênero no país. Na época de sua implementação era uma das plantas industriais mais modernas. Contudo, em 1951 quando o controle acionário passou dos canadenses para o Grupo JJ Abdalla, capitaneado pelo deputado federal José João Abdalla, houve uma degradação nas relações trabalhistas. Pagamentos passaram a sofrer atrasos, acordos passaram a ser descumpridos.
Desta forma os trabalhadores da Perus se organizaram no sindicato e realizaram diversas greves até chegar na greve que durou 7 anos. A forma de luta dos trabalhadores era baseada na não violência ativa, que mais tarde seria chamada União e Firmeza Permanente.
A luta dos Trabalhadores Queixadas era baseada nas posturas combativas e nos ideais de Mahatma Gandhi, Martin Luther King e do dominicano padre Lebret. Por conta disso, o comportamento deles lembrava o dos queixadas, porcos selvagens que só reagiam ao agressor quando reunidos em manada daí o apelido dos operários e de seu sindicato.

DERF

BIOGRAFIA: Nordestino criado em São Paulo, paulistano de Aracajú. Hoje reside em Franco da Rocha. Faz Graffiti desde 1998, pelas ruas e lugares do mundo, com traços inspirados nas histórias em quadrinhos, ilustra personagens do cotidiano e da história. Design desde 2002, pensando e criando “coisas com arte” que facilitam a vida das pessoas, como coisas feitas com madeira e metal.
Na arte, sempre atuou desenhando, pintando, serrando, colando e martelando o dedo e acumulando coisas que “um dia vou usar, só não sei quando e nem pra que.”
Trabalha fazendo pinturas comerciais, publicitárias e decorativas através do Studio Artero.


Movimento Negro

O movimento negro no Brasil corresponde a um conjunto de pessoas, movimentos sociais e culturais realizados pelos negros brasileiros, lutando contra o racismo e por direitos igualitários.

THIAGO CONSP

BIOGRAFIA: Thiago Consp é paulistano, grafiteiro desde 1999, ilustrador formado em design gráfico. Em 2011 adotou como tema de seu trabalho a cultura afro, abordando-a em diversas mídias em suas características tribais e contemporâneas, usando suas pinturas como ferramenta de questionamento político/ racial.


Movimento MST

O Movimento Sem Terra está organizado em 24 estados nas cinco regiões do país. No total, são cerca de 450 mil famílias que conquistaram a terra por meio da luta e organização dos trabalhadores rurais. Com dimensão nacional, as famílias assentadas e acampadas organizam-se numa estrutura participativa e democrática para tomar as decisões no MST. O MST acredita que a solução para as questões ambientais no Brasil só será possível por meio de um Projeto Popular, fruto da organização e mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e urbanos. E a realização da Reforma Agrária Popular, ao democratizar o acesso à terra e produzir alimentos saudáveis. sendo essa a contribuição mais efetiva para a realização de um Projeto Popular para o país

JANA ALBUQUERQUE

BIOGRAFIA: Artista e arteira adepta fiel da Sevirologia, 42 anos, atua na área de produção cultural e gestão em projetos e ações da Comunidade Cultural Quilombaque, onde desenvolve ações de articulação e dinamização, produção e fruição artística e cultural junto a coletivos, artistas e movimentos locais, atuando há 17 anos no bairro de Perus.

Trabalhou como educadora social por 11 anos em serviço de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social no centro de São Paulo. Desenvolveu os projetos de formação e auto afirmação da juventude – Ibeji – Asheda e Akoda – Reflexão e Identidade e Fanzine Ser Sim – em acolhimento institucional. Na área de produção cultural, atuou na produção de projetos, grupos e festivais em diversas linguagens junto a Comunidade Quilombaque, entre eles: eventos/festivais (Jambaque – o corpo em todas as vibrações, Tribuna Hip Hop e Na Rua – Hip Hop em Festa, Festival Perusferia Graffiti, grupos afro percussivos (Catimbó da Véia Preta, Negos Quilocos); espetáculo circense (Mjiba – A Boneca Guerreira – Cia Trupe Liud’s); Feira de Artesanato e Economia Criativa – Feira Arteferia Perus.

CLEITON FOFÃO

BIOGRAFIA: Cleiton Fofão é educador social especialista em Gestão Cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação do SESC, co-fundador da Comunidade Cultural Quilombaque em 2005, onde atua como Gestor de Relações Interinstitucional, Colaborador da Queixada Agência de Desenvolvimento Eco Cultural Turístico e do Museu Territorial de Interesse da Cultura e da Paisagem Tekoa Jopo’í.


Movimento Ambientalista

O movimento ambientalista é um movimento ecológico, político e social que busca cuidar do meio ambiente. Seu foco é reparar os danos causados pelo homem na natureza e desenvolver métodos de progresso material que não danifiquem o meio ambiente. A sustentabilidade e a economia verde são os pilares centrais do movimento ambientalista.

MARINA LIMA

BIOGRAFIA: Formada pela “Faculdade do Samba” o Carnaval, fez parte do time do barracão da Escola de Samba Flor de Liz e da Escola de Samba Valença de Perus, bairro onde nasceu e vive até hoje. Inicia sua trajetória no Teatro em 2009, no Programa Vocacional como atriz, e a partir dessa vivência, surge a paixão pelos bastidores da Cena. Formada em Modelagem do Vestuário pelo Centro Paula Souza e Técnicas de Palco pela SP Escola de Teatro. Participou da equipe de estagiários do Espaço Cenográfico, liderado por JC Serroni. Fez parte dos projetos “Mjiba”, “Tambu e Candongueiro” e “Rádio Paranóia”, da Cia Trupe Liuds – Comunidade Cultural Quilombaque, como Aderecista. Trabalhou no Ateliê Modestamente Revolucionário – Slug Corp, onde executou projetos de cenografia, figurino e adereço para publicidade. Atualmente tem seu próprio ateliê em sua casa, onde executa os projetos para Teatro, Circo, Publicidade e Carnaval.

DEDE FERREIRA

BIOGRAFIA: Clebio Ferreira, mais conhecido como Dede, é artista plástico, produtor cultural, arte educador e palhaço.
Formado na Sevirologia, atua na área cultural desde 2003, co-fundador da Comunidade Cultural Quilombaque, e integrante da Cia Trupe Liuds onde atua como Palhaço desde 2006, também realiza trabalhos de direção de arte, iluminação e cenografia.


Movimento de Moradia

O movimento que luta por moradia digna, prioritariamente para famílias de baixa renda, moradoras de áreas de risco e irregular, atuando na regularização fundiária, urbanização de favela, e na defesa de moradia popular. Também defende uma educação de qualidade para todos, saúde, cultura, lazer e transporte público, como forma de melhorar as condições de vida da população. 

GUETUS

BIOGRAFIA: Escritor de rua desde 1999, nascido e criado no bairro de Perus. Adepto das letras no estilo Wild Style, integrante da FC Crew, Criador e curador do Projeto “Original Perusferia” e participante do Coletivo “Pirituba em Cores”, fomentando assim boa parte da cena e galerias de Graffiti na região Noroeste de São Paulo.


Vala Comum

O Cemitério Dom Bosco, atualmente renomeado como Colina dos Mártires, é uma necrópole localizada no bairro de Perus em São Paulo. Inaugurado em 1971. Durante o período da ditadura militar (1964-1985), o cemitério foi utilizado para o sepultamento clandestino dos integrantes de organizações armadas que lutavam contra a ditadura militar e eram mortas na dependência dos órgãos repressivos, como o DOI-CODI. Muitas das pessoas mortas pelos esquadrões da morte da então recém-organizada Polícia Militar também foram sepultadas clandestinamente no Cemitério de Perus.
No ano de 1976, 1.049 ossadas foram jogadas em vala comum e clandestina do cemitério. Lá permaneceram até 1990, quando a vala foi aberta e investigada por ordem da Prefeita Luiza Erundina.
Essas ossadas são provas reais e atuais da violência que predominou no país nas três últimas décadas, além da violência policial contra as pessoas periféricas de São Paulo.

BONGA MAC

BIOGRAFIA: O Bonga Mac, artista visual, arte educador, empresário de Bonga Produções e estudante de artes visuais pela FAEEP – Faculdade de Educação Paulista (2019-2023). Co-autor do livro Tinta Loka Street Book (2017). Seu primeiro contato com o graffiti foi em meados dos anos 90, por influência da cultura hip hop, o que o motivou a reproduzir as ideias passadas em capas de discos e letras de músicas.

Desenvolve projetos noturnos enquanto artista visual no graffiti e, desde 2000, como arte educador, em projetos de incentivo à difusão da cultura hip hop e arte urbana para um público diversificado. Já atuou em projetos como Criança Esperança (Instituto Sou da Paz), Fundação Fé e Alegria, Ação Educativa e atualmente, Fábricas de Cultura (Poiesis). Atualmente faz parte do Conselho Municipal de Cultura do município de Caieiras (2017-2020).

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